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Ficha dos Núcleos de Animação

Núcleo de Cinema de Animação do Rio Grande do Sul – NARS

Nome do Núcleo Núcleo de Cinema de Animação do Rio Grande do Sul (NARS)
Local Porto Alegre – RS
Ano de Criação 1988
Fundadores Rodrigo Guimarães e Fernanda Veríssimo
Site

Breve História
Em 1988, Rodrigo Guimarães e Fernanda Veríssimo coordenaram o primeiro Curso Básico Preparatório em Cinema de Animação do Núcleo, com participação de 20 alunos. A implantação do núcleo conta com a determinante contribuição do governo do Canadá, através do NFB, que cedeu moderníssimos equipamentos de filmagem computadorizados e propiciou a vinda a Porto Alegre do técnico canadense Jacques Avoine, que ministrou um seminário aos produtores gaúchos de cinema de animação e acompanhou a instalação dos equipamentos no núcleo gaúcho. A inauguração da sede do núcleo, em 1989, coincidiu com o início do Curso Profissionalizante de Cinema de Animação, tendo duração de 10 meses, promovido pelo CODEC e pela fundação do cinema, sendo ministrado por Rodrigo Guimarães. O núcleo de Cinema de Animação do Rio Grande do Sul funciona como um departamento do Instituto Estadual de Cinema, na época CODEC, hoje IECINE.

Reportagens da Época (clique na imagem para ver maior)
          

    

Situação Atual
Atualmente o núcleo está desativado. Houve uma proposta de reativação, em 2007, através da regional RS da Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA), mas a ideia não vingou.  Durante o Festival de Cinema de Gramado (2011) houve palestra sobre o Tecna – Centro Tecnológico Audiovisual do RS, uma parceria Fundacine, Governo do RS e a PUCRS que busca a reativação também do núcleo de animação (técnicas 2D e 3D), entre outras atividades/serviços na área do cinema.

Rodrigo Guimarães
(por Márcia Farias)
“Tímido, ele custa a se envolver com a entrevista. No entanto, apesar da economia no uso das palavras, Rodrigo Israel Machado Guimarães se revela um profissional inteligente, metódico e muito tranquilo. Sócio do estúdio de animação Dr. Smith!, Rodrigo nasceu no Rio de Janeiro, morou em Santos, em São Paulo e até em Portugal, mas escolheu Porto Alegre como residência e não se arrepende disso. Ao contrário, assegura que nunca pensou em fixar a vida e a família em outro lugar que não fosse a capital gaúcha. Aos 49 anos, diz se sentir realizado profissionalmente, embora ainda alimente muitos planos a serem alcançados. […]

A inspiração
Trabalhar com animação requer muita criatividade e conhecimento de algumas áreas, entre elas o cinema. Foi justamente pela sétima arte que Rodrigo entrou neste mundo. Devido ao interesse pelo audiovisual, na juventude, ganhou do pai uma câmera Super Oito – equipamento voltado para gravação de curtas-metragens, hoje, pouco usual. Com o presente, reuniu alguns amigos e dedicou-se, como forma de lazer, a produzir filmes amadores. Em certa ocasião, a brincadeira deu certo: a produção ‘Esplantoso’ foi inscrita no Festival de Cinema de Gramado e recebeu uma menção honrosa.
A paixão pelo cinema aumentou após sua participação em uma exposição no Museu da Comunicação Hipólito José da Costa, que exibia trabalhos do animador canadense Norman McLaren. Ao ver o que o cineasta era capaz de fazer com uma câmera, decidiu que poderia fazer o mesmo. E fez. Voltou para casa e passou a ensaiar em seus equipamentos os mesmos efeitos especiais utilizados nos trabalhos de McLaren. A admiração foi tamanha que, hoje, guarda um livro autografado pelo ídolo.
Paralela ao gosto pela animação, surgiu a oportunidade de se aprofundar no assunto através de um intercâmbio do Brasil com o Canadá. Foi o único gaúcho a ter a chance de estudar no Rio de Janeiro com o cineasta carioca Marcos Magalhães e outros três professores canadenses. Durante um ano, Rodrigo integrou um seleto grupo de 10 jovens e produziu um curta-metragem. Outra seleção e uma nova escolha. Desta equipe foram selecionados cinco alunos que ficariam na cidade maravilhosa no ano seguinte para produzir, desta vez em grupo, um média-metragem.

O caminho
Com o auxílio do equipamento que ganhou no curso e a missão de repassar seus conhecimentos, ele implantou em Porto Alegre o Núcleo Regional de Animação, instalado na sede da Fundação Cultural Piratini. Subsidiado pelo governo, Rodrigo tratou de ministrar curso sobre o tema e passou a ser o pioneiro a trabalhar com animação no Estado. A experiência de ser professor lhe rendeu mais do que currículo, uma sócia: Alice Machado foi sua aluna e hoje também dirige a Dr. Smith!.
Antes de criar o próprio estúdio, Rodrigo atuou na TGD Computação Gráfica (hoje, TGD Filmes) e, por lá permaneceu por mais de 10 anos, até juntar-se a alguns colegas e decidir montar seu próprio negócio, focado naquilo que mais gostava de fazer.
Em 1998 nascia a Dr. Smith!, que, segundo conta, foi uma passo muito corajoso, mas que logo deu certo. “No começo, tínhamos uma sala pequena e alugada, onde não tínhamos móveis, apenas uma mesa com um telefone, mas não demorou para começar a entrar trabalho e conseguir montar o restante do espaço”, recorda.
Após 13 anos de trabalho à frente do próprio estúdio, ele revela que a sua rotina é não ter rotina, pois o ritmo é definido de acordo com a demanda. “Têm épocas que viramos noites trabalhando”, explica. O ritmo frenético é um dos motivos da equipe ter começado um processo de reestruturação, com o objetivo de repassar os conhecimentos e poderem descansar um pouco mais. Como proposta para a empresa, Rodrigo quer torná-la ainda mais conhecida e respeitada no mercado. “Quero solidificar a Dr. Smith! e, quem sabe, atuar em nível internacional.”

O lazer
Como era de se esperar, uma das paixões é o desenho – habilidade que carrega desde criança, quando produzia as charges do jornal Chaimite, criado pelo pai em Portugal. Por outro lado, nem só de animação vive o empresário: ele gosta de fotografia, quadrinhos, música, aviação, entre outros. Os livros, que formam uma pequena biblioteca, são, inclusive, voltados a estes temas. Arquiteto por formação, piloto por paixão e animador por vocação. Assim pode ser resumida as habilidades de Rodrigo, que chegou a cursar Engenharia Mecânica, mas que logo os inúmeros cálculos o fizeram desistir da carreira. Além dos aviões, há outro veículo que faz parte da lista de prazeres: as vespas – modelos de moto, também conhecidas como lambretas. O gosto é tamanho que Rodrigo encontrou, recentemente, um grupo de adoradores do mesmo modelo. Pessoas de todo o Brasil comunicam-se pela internet e promovem encontros em diversas regiões. Muitos destes prazeres são relacionados às preferências do pai, mas ele garante que não se esforça para seguir os passos de Josué. Tem apenas uma premissa que segue: “Busco ver o mundo como ele via”.”

🙂

Sobre Pesquisas Animadas

Blog que reune pesquisas realizadas pela Profa. Carla Schneider juntamente com alunos pesquisadores, todos vinculados ao Curso de Cinema de Animação da Universidade Federal de Pelotas.

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